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Atacante do Washington marca três gols um dia após morte do pai e é consolado por companheiros
- Por Diogo Finelli
- Atualizado: 6 de maio de 2021
Marcar três gols em uma mesma partida é algo especial para qualquer jogador. Para T.J. Oshie, o hat-trick na vitória por 4 a 2 sobre o New York Rangers, na quarta-feira (5), no Madison Square Garden, em Nova York, teve um significado bastante emocional. O atacante do Washington Capitals atuava pela primeira vez, no dia seguinte à morte do pai, Tim, que foi homenageado pelos Caps.
Os jogadores do Washington usaram um adesivo circular preto nos capacetes com a palavra “COACH” (treinador) em letras maiúsculas e brancas. Coach era como o pai de T.J., Tim, era conhecido, inclusive pelo seu filho. Tim foi diagnosticado com doença de Alzheimer em 2012.
For Coach.#RIPCoachOsh pic.twitter.com/5ol2oCY2g1
— Washington Capitals (@Capitals) May 5, 2021
O jogo de quarta-feira marcou o retorno de T.J. Oshie ao time depois de ficar fora da partida de segunda-feira, quando os Capitals venceram o mesmo NY Rangers, também no Garden, por 6 a 3. Naquele dia, Oshie havia sido liberado para viajar até Seattle, para encontrar o seu pai pela última vez.
T.J. Oshie marcou os dois primeiros gols de Washington e fechou a vitória ao marcar com o gol vazio (empty net). Ele pareceu “desmontar” no banco de Washington após seu terceiro gol, indo às lágrimas. Foi o quinto hat-trick do atacante na carreira.
Nicklas Backstrom, Nic Dowd e Anthony Mantha estiveram entre os companheiros que consolaram Oshie depois da partida.
“Eu vi que ele ficou emocionado no final, o que é compreensível”, disse Backstrom. “Achei que ele precisava de um abraço. Acho que disse a ele ‘Você é a pessoa mais forte que conheço’. Deve ser muito difícil. Só posso imaginar… Somos uma família. Estamos juntos nisso. A perda dele é a perda de todos. Nós sentimos por ele”, disse Backstrom.
All love for 7️⃣7️⃣ pic.twitter.com/JCvU2xeIm4
— Washington Capitals (@Capitals) May 6, 2021
“Passar por tudo o que ele passou e querer estar de volta aqui, estar com seus companheiros de equipe e jogar, e jogar um jogo para Coach como ele jogou, excelente”, disse o treinador dos Capitals, Peter Laviolette. “Isso diz muito sobre ele e o que ele significa para esta equipe”.
Oshie compartilhou sua gratidão pelo apoio de Backstrom e do restante do time após o jogo.
It’s with a heavy heart today that my family mourns the passing of my Dad “Coach Oshie.” Coach lived life to the fullest and was unanimously loved by everyone who met him. Thanks to all the family and friends for their support. Heaven received a legend today. #RIPCoachOsh pic.twitter.com/WSAgNNtTpO
— TJ Oshie (@TJOshie77) May 4, 2021
Depois que Oshie foi negociado para Washington pelo St. Louis Blues em 2015, “Coach Oshie” rapidamente se tornou popular entre os Capitals na viagem que os pais dos jogadores fazem anualmente com o time durante a temporada. Oshie compartilhou um momento emocionante com seu pai no gelo depois que Washington ganhou a Stanley Cup em 2018.
Ter Alzheimer dificultou a viagem do idoso Oshie, mas ele chegou a Las Vegas para ver a vitória por 4 a 3 do Capitals contra o Vegas Golden Knights no jogo 5 da final da Stanley Cup na T-Mobile Arena.
“Que grande ser humano. Que grande homem. Que grande pai”, disse Oshie naquela noite. “Algumas coisas escapam da memória dele hoje em dia. Mas esse, acho que esse aqui vai ficar marcado. Não acho que nenhuma doença vai tirar isso dele”.
Hockey on!
*Hockey4Life é uma série de postagens que contam histórias de vida, superação e gentilezas, e que tem o hóquei no gelo ou seus personagens como pano de fundo.
Trilha sugerida para a leitura: Papa Roach – Problems
em dezembro, o Spotify divulga as músicas mais ouvidas pelo usuário. no ano passado, ‘Problems’, do Papa Roach, foi a faixa que mais ouvi. quando vi o resultado, me espantei. é que só escutei esta música nas noites em que fiquei com meu pai, que estava internado, no hospital. foram exatos 30 dias internado até descansar, em 4 de junho. ouvi esta música no modo repeat (manual, acabava e eu voltava), pois não dormia nas noites que ficava lá com ele. não sei quantas vezes devo ter escutado. nunca mais ouvi. mas foi minha companhia e minha anestesia naqueles dias em que a mente estava sobrecarregada com tantos problemas que estava passando.
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Sobre Diogo Finelli
Jornalista esportivo desde 2000, fã de hóquei no gelo desde 1995, quando conheceu o esporte nos jogos de computador. Torcedor do New York Rangers, fã de hard rock, e que encontrou no hóquei no gelo a identificação pelos ensinamentos e valores que o esporte propõe.
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