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Artista tetraplégico faz arte em madeira com imagem de atacante do Edmonton Oilers
- Por Diogo Finelli
- Atualizado: 11 de julho de 2018
Norman Shewchuk chamou a atenção por fazer artes na madeira, usando lupas e a luz do sol, com imagens do atacante Connor McDavid, do Edmonton Oilers. Mais do que a perfeição do trabalho, que é bem realista, o artista, de 52 anos, da cidade de Mundare, em Alberta no Canadá, ganha ainda mais destaque por ser um tetraplégico que tem movimentos limitados nas suas mãos. Sua peça mais recente traz o capitão dos Oilers, que demorou mais de 70 horas para ser concluída.
O trabalho de Shewchuk primeiro se tornou de conhecimento público quando sua sobrinha, Lyndsi Fairweather, compartilhou uma foto de sua segunda imagem do McDavid em maio. Isso lhe valeu uma reportagem na CBC em Edmonton.
“Muitas crianças brincam com lupas quando são crianças e queimam coisas. Aquele (desenho) que Lindsey colocou foi, na verdade, o segundo que eu fiz de Connor. Eu tinha feito um dele apenas com a cabeça dele, e eu disse ‘que não saiu tão ruim'”, disse Norman ao NHL.com.
Shewchuk fez apenas imagens com McDavid porque é um fã do Edmonton Oilers, e também pela admiração pelo atacante, selecionado como primeiro escolha no Draft de 2015 da NHL. O sonho do artista é que o atacante possa assinar as peças.
“Eu acho que, especialmente pela pressão que ele tem sofrido… É apenas um garoto incrível pela pressão que tem sofrido durante toda a sua vida”.
Norman Shewchuk começa encontrando e imprimindo uma foto de seu assunto e traçando a imagem no quadro, criando um modelo para gravar. Então, quando as condições estão perfeitas, o sol deve estar alto no céu, ele começa o processo de queimar a imagem na madeira, que leva entre 16 e 18 horas.
“Você tem que esperar o sol subir o suficiente, porque se o sol estiver muito baixo você faz um trabalho ruim. Você tem que deixar o sol ficar bom e alto para que você tenha as linhas finas (na imagem)”.
Todo o processo de criação do seu retrato mais recente de Connor McDavid ultrapassou 70 horas, e o rastreamento é a parte mais extensa do processo. Mas um dia chuvoso ou encoberto pode colocar todo o trabalho a perder, então, Shewchuk não pode fazer isso muito durante os invernos implacáveis de Alberta.
“É um processo muito, muito longo. Está tudo queimado com uma lupa e o sol. Só posso fazê-lo quando está quente lá fora e o sol está forte”.
Shewchuk se machucou jogando hóquei aos 16 anos de idade, quando ficou paralisado e também perdeu a função das mãos. Mas ele começou a fazer trabalhos artísticos de madeira em seus primeiros 20 anos, e passou a produzir fotos para familiares e amigos, incluindo um logotipo do Humboldt Broncos, que ele doou para a equipe de hóquei júnior depois de seu trágico acidente de ônibus em maio.
Being a quadriplegic from a hockey accident myself, I felt the pain and sorrow of all those affected by the Humboldt Bronco bus tragedy. Hit hard emotionally, I felt compelled to show my support by doing something.
I will be donating it to the Humboldt Broncos organization pic.twitter.com/kxhYNKqokg— Burner (@Burner1966) 19 de junho de 2018
“Comecei fazendo cartazes para meus sobrinhos, que estavam jogando hóquei, e dei a eles. Então, começou a ir mais e mais e mais. Eu não achei que poderia fazer nada tão detalhado, mas acabei de pular com os dois pés e é meio que uma bola de neve a partir daí”.
Hockey on!
*Hockey4Life é uma série de postagens que contam histórias de vida, superação e gentilezas, e que tem o hóquei no gelo ou seus personagens como pano de fundo.
Trilha sugerida para a leitura: Sixx: A. M. – Skin (Live at The Vic Theatre 2015)
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Sobre Diogo Finelli
Jornalista esportivo desde 2000, fã de hóquei no gelo desde 1995, quando conheceu o esporte nos jogos de computador. Torcedor do New York Rangers, fã de hard rock, e que encontrou no hóquei no gelo a identificação pelos ensinamentos e valores que o esporte propõe.
Pequise
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