Defensor do Vancouver homenageia falecido pai, que morreu em junho, ao marcar seu primeiro gol em Playoffs

Enquanto patinava ao redor da rede do St. Louis Blues depois de marcar o terceiro gol do Vancouver Canucks, Troy Stecher apontou para o céu e gritou: “Vamos!”. O gol foi significativo por três motivos: foi o primeiro do defensor em Playoffs da Stanley Cup, deu ao Vancouver a vantagem para a vitória no jogo 1 da série contra os Blues e foi o primeiro gol de Stecher desde que seu pai, Peter, morreu, em junho, de complicações de diabetes. Ele tinha 65 anos. O jogador fez uma homenagem ao amado pai.

Peter Stecher foi o primeiro treinador de hóquei de seu filho e escreveu a Troy uma carta durante sua temporada de estreia que nunca foi enviada. Troy encontrou a carta, que era sobre o quão orgulhoso seu pai estava por seu trabalho duro ter o levado à NHL, enquanto limpava o apartamento de Peter.

“Sinto falta do meu pai todos os dias. Foi um grande gol em um momento crucial ”, disse Stecher depois do jogo 1 da série. “Nós conversamos sobre tentar obter a vitória no jogo 1 e, obviamente, isso nos deu a liderança (na série)”, completou o defensor canadense de 26 anos, que atua pelos Canucks desde 2016 e que marcou seu primeiro gol em Playoffs da Stanley Cups, após cinco partidas disputadas em pós-temporadas.

Os Canucks sabiam da importância dessa vitória, não apenas para o objetivo do time nos Playoffs, mas também para seu companheiro de equipe.

“O que ele (Troy Stecher) passou no verão foi devastador e eu só queria abraçá-lo”, disse Elias Pettersson.

Zack MacEwan e Jacob Markstrom também perderam seus pais nesta temporada. Ambos estavam lá para Stecher no momento em que precisou.

“Muito emocionante para ele”, disse Markstrom. “Eu sei o que ele está passando e não é fácil. Para ele mostrar esse tipo de emoção, eu estava tão feliz que ele entendeu. Eu também fiquei emocionado só de pensar nisso. Eu dei a ele um grande abraço depois do jogo.  Ser recompensado com um gol em um grande jogo com tudo o que ele tem passado é enorme”.

 

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03.01.1955 – 06.20.2020 It’s with a heavy heart we grieve the heartbreaking passing of my father, Peter Stecher. My best friend, my biggest supporter, my hero and my dad. I’ll think about you everyday for the rest of my life. The amount of love and support we’ve received just proves how loved and appreciated you were. You touched the lives of so many people and I was the lucky one to be able to call you, dad. All I have now are memories but I wouldn’t change any of them. I’d give them up to have you back but I know that’s not possible. I will remember our early morning practices, throwing the baseball in the backyard, barbecuing dinner, travelling across North America for hockey and every little detail imaginable. I definitely wouldn’t be where I am without you. As much as it was one of my dreams to play in the NHL, I know it was one of your dreams to watch me achieve that. I will forever be thankful we achieved that together. I’ll miss looking up over the visitors net and seeing the joy you had in watching not only me, but the game of hockey. That’s all I have for now. Dad, I miss you so much. Thanks for being the greatest dad ever. ♥️

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Não tem sido fácil para o defensor de 26 anos. Mas voltar a estar com seus companheiros de equipe quando os treinos foram retomados após a pausa de quatro meses na temporada por conta da pandemia do novo coronavírus ajudou Troy Stecher.

 

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Always has my back. #FathersTrip

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“Tem sido difícil em certos momentos ao longo do processo”, disse Stecher. “Sou grato por estar cercado por meus companheiros de equipe e tive alguns segundos lá para refletir sobre meu pai. E o mais importante foi que todos mostraram seu apoio no banco instantaneamente e apenas me motivaram a continuar”.

(*) este texto é dedicado ao amigo e jornalista Marco Antônio Astoni

Hockey on!

*Hockey4Life é uma série de postagens que contam histórias de vida, superação e gentilezas, e que tem o hóquei no gelo ou seus personagens como pano de fundo.

Trilha sugerida para a leitura: Papa Roach – Problems

em dezembro, o Spotify divulga as músicas mais ouvidas pelo usuário. no ano passado, ‘Problems’, do Papa Roach, foi a faixa que mais ouvi. quando vi o resultado, me espantei. é que só escutei esta música nas noites em que fiquei com meu pai, que estava internado, no hospital. foram exatos 30 dias internado até descansar, em 4 de junho. ouvi esta música no modo repeat (manual, acabava e eu voltava), pois não dormia nas noites que ficava lá com ele. não sei quantas vezes devo ter escutado. nunca mais ouvi. mas foi minha companhia e minha anestesia naqueles dias em que a mente estava sobrecarregada com tantos problemas que estava passando.

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