- Garoto de 12 anos que luta contra um Linfoma assina contrato como jogador do St. Louis Blues por 1 dia
- No berço: defensor do Boston Bruins leva disco do gol que marcou como presente para filho recém-nascido
- Menino de 7 anos com doença genética crônica treina com jogadores do Chicago Blackhawks
- Astro e maior artilheiro do Washington Capitals presenteia neto de lenda do clube com taco de hóquei
Defensor do Vancouver homenageia falecido pai, que morreu em junho, ao marcar seu primeiro gol em Playoffs
- Por Diogo Finelli
- Atualizado: 14 de agosto de 2020
Enquanto patinava ao redor da rede do St. Louis Blues depois de marcar o terceiro gol do Vancouver Canucks, Troy Stecher apontou para o céu e gritou: “Vamos!”. O gol foi significativo por três motivos: foi o primeiro do defensor em Playoffs da Stanley Cup, deu ao Vancouver a vantagem para a vitória no jogo 1 da série contra os Blues e foi o primeiro gol de Stecher desde que seu pai, Peter, morreu, em junho, de complicações de diabetes. Ele tinha 65 anos. O jogador fez uma homenagem ao amado pai.
Peter Stecher foi o primeiro treinador de hóquei de seu filho e escreveu a Troy uma carta durante sua temporada de estreia que nunca foi enviada. Troy encontrou a carta, que era sobre o quão orgulhoso seu pai estava por seu trabalho duro ter o levado à NHL, enquanto limpava o apartamento de Peter.
After scoring tonight’s game-winning goal, @troystecher pointed to the heavens. His late father’s necklace hangs in his stall every game. 🙏 pic.twitter.com/Nqi7L5w4AJ
— Vancouver Canucks (@Canucks) August 13, 2020
“Sinto falta do meu pai todos os dias. Foi um grande gol em um momento crucial ”, disse Stecher depois do jogo 1 da série. “Nós conversamos sobre tentar obter a vitória no jogo 1 e, obviamente, isso nos deu a liderança (na série)”, completou o defensor canadense de 26 anos, que atua pelos Canucks desde 2016 e que marcou seu primeiro gol em Playoffs da Stanley Cups, após cinco partidas disputadas em pós-temporadas.
Os Canucks sabiam da importância dessa vitória, não apenas para o objetivo do time nos Playoffs, mas também para seu companheiro de equipe.
“O que ele (Troy Stecher) passou no verão foi devastador e eu só queria abraçá-lo”, disse Elias Pettersson.
Zack MacEwan e Jacob Markstrom também perderam seus pais nesta temporada. Ambos estavam lá para Stecher no momento em que precisou.
“Muito emocionante para ele”, disse Markstrom. “Eu sei o que ele está passando e não é fácil. Para ele mostrar esse tipo de emoção, eu estava tão feliz que ele entendeu. Eu também fiquei emocionado só de pensar nisso. Eu dei a ele um grande abraço depois do jogo. Ser recompensado com um gol em um grande jogo com tudo o que ele tem passado é enorme”.
Não tem sido fácil para o defensor de 26 anos. Mas voltar a estar com seus companheiros de equipe quando os treinos foram retomados após a pausa de quatro meses na temporada por conta da pandemia do novo coronavírus ajudou Troy Stecher.
Ver essa foto no Instagram
Always has my back. #FathersTrip
Uma publicação compartilhada por Troy Stecher (@troystecher) em
“Tem sido difícil em certos momentos ao longo do processo”, disse Stecher. “Sou grato por estar cercado por meus companheiros de equipe e tive alguns segundos lá para refletir sobre meu pai. E o mais importante foi que todos mostraram seu apoio no banco instantaneamente e apenas me motivaram a continuar”.
(*) este texto é dedicado ao amigo e jornalista Marco Antônio Astoni
Hockey on!
*Hockey4Life é uma série de postagens que contam histórias de vida, superação e gentilezas, e que tem o hóquei no gelo ou seus personagens como pano de fundo.
Trilha sugerida para a leitura: Papa Roach – Problems
em dezembro, o Spotify divulga as músicas mais ouvidas pelo usuário. no ano passado, ‘Problems’, do Papa Roach, foi a faixa que mais ouvi. quando vi o resultado, me espantei. é que só escutei esta música nas noites em que fiquei com meu pai, que estava internado, no hospital. foram exatos 30 dias internado até descansar, em 4 de junho. ouvi esta música no modo repeat (manual, acabava e eu voltava), pois não dormia nas noites que ficava lá com ele. não sei quantas vezes devo ter escutado. nunca mais ouvi. mas foi minha companhia e minha anestesia naqueles dias em que a mente estava sobrecarregada com tantos problemas que estava passando.
Posts Relacionados
Sobre Diogo Finelli
Jornalista esportivo desde 2000, fã de hóquei no gelo desde 1995, quando conheceu o esporte nos jogos de computador. Torcedor do New York Rangers, fã de hard rock, e que encontrou no hóquei no gelo a identificação pelos ensinamentos e valores que o esporte propõe.
Pequise
Posts recentes
- Garoto de 12 anos que luta contra um Linfoma assina contrato como jogador do St. Louis Blues por 1 dia 7 de fevereiro de 2025
- No berço: defensor do Boston Bruins leva disco do gol que marcou como presente para filho recém-nascido 7 de fevereiro de 2025
- Menino de 7 anos com doença genética crônica treina com jogadores do Chicago Blackhawks 6 de fevereiro de 2025