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Torcedora que pediu rim em cartaz em jogo dos Penguins acha doador (também fã do time)
- Por Diogo Finelli
- Atualizado: 27 de novembro de 2018
Kelly Sowatsky, de 31 anos, entrou em contato com a comunidade de hóquei para achar um doador de rim, e um fã do Pittsburgh Penguins apareceu para ajudá-la. A moça, que viralizou quando pediu o órgão com uma mensagem escrita em uma cartolina, em um jogo dos Penguins, em abril, recebeu seu transplante salva-vidas do torcedor dos Pens, Jeffrey Lynd, no dia 6 de novembro.
Sowatsky fez a cirurgia no Centro Médico da Universidade de Pittsburgh, realizada pelo Dr. Amit Tevar. Ela, que é de Lancaster, na Pensilvânia, está se sentindo ótima, mas permaneceu um tempo na área de Pittsburgh, na Family House, enquanto fazia alguns testes antes de ser liberada para ir para casa. Feliz com a vida nova, e sem dor, ela brinca com o fato de estar contente por agora ter uma cicatriz no corpo.
“Depois da cirurgia, eu acordei e me senti feliz por estar viva e saudável, além de não ter mais dor, porque agora eu tenho uma cicatriz de 10 centímetros no meu abdômen. Ela tem sua própria história, e é uma bela parte da minha vida. Eu acho que quando as pessoas virem essa cicatriz, vou ter uma história para contar, e eu acho isso muito legal”, disse Sowatsky ao site NHL.com.
O cartaz da moça dizia “Chamando todos os fãs de hóquei, preciso de um rim! Rim! Rim!”, que também tinha seu número de telefone na parte inferior, chamou a atenção de um público enorme, em parte graças à conta dos Penguins no Twitter, que compartilhou uma foto dela. Após esse momento viral, Sowatsky, que foi diagnosticada com uma infecção, que se transformou em septicemia (uma síndrome que ocorre nos pacientes com infecções graves, caracterizada por um intenso estado inflamatório em todo o organismo, potencialmente fatal) em 2015, viu sua condição piorar, com a função renal diminuindo para 7%. Mesmo assim, ela continuou a ensinar em uma escola para crianças com dificuldades de aprendizagem.
Penguins fan: Seeking hero. pic.twitter.com/jAeA81Wny7
— Pittsburgh Penguins (@penguins) March 31, 2018
“Meus dias foram difíceis. Eu ficava cansada rapidamente, e eu ainda estava dando aulas em período integral, então, meu trabalho foi muito desgastante nos últimos dois meses”, contou.
Mas Jeff Lynd, de 35 anos, nascido em Bethel Park, na Pensilvânia, que agora vive em Millsboro, Delaware, viu a história e entrou em ação. Como Sowatsky, Lynd é um professor que tem o mesmo tipo sanguíneo e que também é um fã obstinado dos Penguins e do atacante Jake Guentzel.
“Eu era um garotinho no início dos anos 90, quando eles (Pittsburgh Penguins) ganharam as Copas (Stanley Cup) e era fácil se apegar. Você se apega à franquia, assistindo jogos todas as noites durante seis ou oito meses, dependendo de como o time vai (se avança ou não para os playoffs)”, disse o rapaz.
Lynd acreditava o tempo todo que ele seria seu doador, mas não tinha certeza disso até agosto, quando um doador previamente programado foi desqualificado por pedras nos rins.
“Parecia a coisa certa a fazer, Da mesma forma que ela precisava desse rim, do meu lado, eu queria muito fazer isso (ser o doador)”, disse Lynd.
Lynd e Sowatsky estarão sempre ligados através de seu órgão. Eles compartilharam o almoço de Ação de Graças juntos na quinta-feira (22), antes que Lynd e sua esposa voltassem para casa e se admirassem com a rápida amizade que formaram nos últimos três meses.
“Eu quase encaro isso como um relacionamento entre irmãos. Nós rimos. Nós choramos. Sentimos a dor um do outro. É notável o vínculo que formamos”, disse Sowatsky.
Com sua condição continuando a melhorar, Sowatsky pode se concentrar em coisas boas, como seu casamento com seu noivo e fã fervoroso dos Penguins, Tyler Hart, marcado para o dia 4 de maio. Hart foi quem levou Sowatsky a torcer pelos Penguins, e ela aprecia como a equipe agora é parte integrante de seu prognóstico positivo.
“Eu gosto de ver o amor de Tyler pelos Penguins, porque eu amo os Penguins por causa disso, e eu conheci Tyler por acaso na minha escola, e eu apenas acredito que tudo acontece por uma razão”, comentou a moça, que teve a história contada numa reportagem de TV (veja abaixo, em inglês).
A hockey fan asked for a kidney on a homemade sign during a game — and found a match! @PaulaFaris has more on their emotional reunion. https://t.co/W1vUNMab63 pic.twitter.com/8BNrSTdvcG
— Good Morning America (@GMA) 21 de novembro de 2018
Hockey on!
*Hockey4Life é uma série de postagens que contam histórias de vida, superação e gentilezas, e que tem o hóquei no gelo ou seus personagens como pano de fundo.
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Sobre Diogo Finelli
Jornalista esportivo desde 2000, fã de hóquei no gelo desde 1995, quando conheceu o esporte nos jogos de computador. Torcedor do New York Rangers, fã de hard rock, e que encontrou no hóquei no gelo a identificação pelos ensinamentos e valores que o esporte propõe.
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