Smashfest 2018: evento anual de pingue-pongue de caridade de jogadores da NHL

Sete edições e quase US$ 1 milhão arrecadado. O Smashfest é um torneio anual de pingue-pongue que envolve jogadores da National Hockey League (NHL). O idealizador é o atacante canadense Dominic Moore, de 38 anos, que atualmente atua no Toronto Maple Leafs. A ideia é arrecadar fundos para pesquisas sobre tipos raros de câncer (que não são assim tão raros, uma vez que um a cada quatro pacientes com câncer tem um tipo considerado raro da doença, que geralmente oferece poucas opções de tratamento) e concussões (10 milhões de pessoas são afetadas anualmente por lesões cerebrais, que podem afetar, a curto ou longo prazo, fisicamente, mentalmente e emocionalmente os pacientes), sendo a concussão um motivo de muito interesse dos jogadores de hóquei no gelo.

Moore é o responsável pela criação da Fundação Katie Moore (The Katie Moore Foundation), que ajuda pessoas e incentiva a pesquisa de tratamento contra tipos raros de câncer e que homenageia sua primeira esposa, Katie, que faleceu em janeiro de 2013, após ser diagnosticada com um tipo raro de câncer no fígado e passar por um tratamento (prometo republicar, na semana que vem, um texto que fiz há alguns anos sobre a história de superação de Dominic Moore e como ele se tornou um dos meus jogadores preferidos da NHL); e da Fundação Steve Moore (Steve Moore Foundation), que ajuda em pesquisas de tratamento de concussões e lesões no pescoço (o irmão de Dominic, Steve, também era jogador, e teve a carreira interrompida em 2004 após levar um soco de um adversário e lesionar três vértebras e sofrer uma concussão cerebral que, apesar de não ter limitado os movimentos do jogador, fizeram com que os médicos não garantissem um retorno seguro ao hóquei no gelo, um esporte de muito contato.

No dia 1º de agosto, com mais de 20 jogadores nas mesas, e com a presença de vários fãs, Moore, com mita empolgação, falou sobre a parceria da Fundação Steve Moore com o Instituto de Pesquisa Robarts, da Western University.

“Eles estão trabalhando em uma proteína natural do cérebro”, disse Dominic Moore sobre “tau”, que tem funções essenciais na manutenção da saúde e da estrutura das células cerebrais.

“Em coisas como lesão cerebral traumática e demência, essa proteína é de alguma forma importante. Vamos explorar isso no nível molecular com alguns dos melhores pesquisadores do mundo. O mais importante para nós é que estamos apoiando a pesquisa colaborativa”.

No ano passado, a ênfase estava em usar os recursos do Smashfest para pesquisas sobre o câncer e, enquanto seus Maple Leafs estavam em Boston durante os playoffs, Moore parou para ver o trabalho colaborativo no Broad Institute, em Boston.

“É incrível. O projeto que começamos há não muito tempo já está começando a dar frutos. É um projeto piloto, um modelo para outros projetos, e esperamos que com a concussão (a pesquisa) seja a mesma coisa”.

O motivo da escolha pelo tênis de mesa? É porque é um passatempo comum entre os jogadores de hóquei, antes e depois da prática no gelo. Claro, alguns jogadores levam isso bem a sério.

“Pingue-pongue é parte da cultura do vestiário”, disse Dominic Moore. “Mais e mais caras estão aqui (no Smashfest) para ganhá-lo. Temos agora cinco caras que trouxeram suas próprias raquetes personalizadas. Esses caras estão aqui para ganhar”.

“Muitas pessoas não sabem que há uma mesa de pingue-pongue em cada vestiário no campeonato”, contou Moore. “E eu tinha uma ideia para um evento e pensei que era a coisa perfeita. É social, é divertido e traz personalidades e jogadores de hóquei, que têm a chance de se deixar conhecer um pouco mais de verdade. Então, eu acho que é por isso que este evento foi tão bem recebido”.

Hockey on!

*Hockey4Life é uma série de postagens que contam histórias de vida, superação e gentilezas, e que tem o hóquei no gelo ou seus personagens como pano de fundo.

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